Apresentação

Este blog tem como objetivo divulgar e compartilhar meu trabalho na Psicologia, publicar produções e reflexões sobre minha prática, sobre a pessoa e seus relacionamentos. O nome Ser e Crescer engloba muito de como penso e vejo o ser humano e me dirijo às pessoas com quem trabalho. Remete à beleza do ser como e quem se é, ao respeito, à acolhida e à aceitação incondicional do ser, e ao impulso intrínsico para o crescer. Estou profundamente comprometida com cada pessoa que está diante de mim e com seu crescimento, sabendo que este crescer é realmente possível.







segunda-feira, 19 de novembro de 2012

"Arruma e estraga"!


          Certo dia, ao dirigir-me ao consultório, na minha contramão vinha um menino de uns 5 ou 6 anos, com uma mochila nas costas, de mãos dadas com uma senhora. A certa distância, ouvi o menino dizer repetidas vezes “arruma e estraga, arruma e estraga, arruma e estraga...”. Falou também quando passei por eles e percebi continuar falando quando já me distanciava. A senhora, por sua vez, não disse uma palavra. Fiquei intrigada com a fala daquele menino! Não sei o sentido que tinha para ele repetir aquelas palavras, mas fiquei refletindo sobre elas. Interessante que dali a poucos dias atrás eu estava pensando como sempre há o que arrumar! Ora a TV estraga, ora o aparelho de som, ora aparece um defeito nas mochilas das crianças e assim vai! Sempre há algo para ser arrumado e algo estragando!

Coisas estragam e, por vezes, podem ser arrumadas. E as pessoas? Não estragamos, pois não somos coisas – embora em tantos relacionamentos transformamos os outros em coisas mesmo... Porém, assim como temos que arrumar as coisas que estragam, constantemente temos situações a ajeitar, problemas a resolver, comunicações por esclarecer, necessidades a suprir, ajustes a fazer... Esse processo não tem fim. Sempre vai haver alguma pendência, uma necessidade a atender. Uma grande questão é como fazemos isso. Uma possibilidade é demorar demasiadamente para resolver um problema que precisa ser esclarecido ou resolvido, outra é agir de forma muito impulsiva, sem pensar tanto nas consequências da ação.

Outra forma de lidar com a situação é deixando para os outros resolverem, sem assumir a própria responsabilidade do problema, ou ainda achar que se pode resolver tudo sozinho, sem precisar do outro. Há também o jeito de que os sentimentos não importam (nem os próprios, nem os dos outros) – o importante é resolver... Outro modo é sempre querer mais, nunca usufruindo realmente daquilo que foi conseguido, ficando-se como que congratulado e descansado pela necessidade satisfeita. Enfim, há várias formas de lidar com as dificuldades que aparecem e, muitas vezes, são inesperadas e escapam da nossa programação e controle. Contudo, podemos buscar tomar consciência desses como, dessas formas como lidamos com os problemas, e procurar melhorá-las, a fim de que sejam mais saudáveis e efetivas.

E você, como tem lidado com suas necessidades? De que forma percebe e resolve os problemas nas diferentes situações no dia-a-dia?

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