Apresentação

Este blog tem como objetivo divulgar e compartilhar meu trabalho na Psicologia, publicar produções e reflexões sobre minha prática, sobre a pessoa e seus relacionamentos. O nome Ser e Crescer engloba muito de como penso e vejo o ser humano e me dirijo às pessoas com quem trabalho. Remete à beleza do ser como e quem se é, ao respeito, à acolhida e à aceitação incondicional do ser, e ao impulso intrínsico para o crescer. Estou profundamente comprometida com cada pessoa que está diante de mim e com seu crescimento, sabendo que este crescer é realmente possível.







domingo, 31 de julho de 2011

Quanto você vale?

          Todos necessitamos ser amados. Das muitas faces do amor, trato aqui da acolhida sem condições, sem julgamentos. Desde que existimos, e sempre, precisamos de pessoas que nos acolham, nos digam (com atos, olhar, palavras) que somos importantes, valiosos, simplesmente por existirmos. Precisamos dessa confirmação dos outros que nos dá a possibilidade de nos confirmamos, nos aceitar, sabermo-nos importantes, valiosos.
            A acolhida incondicional ao outro (e a si) implica saber (consciente ou inconscientemente) que a pessoa tem valor simplesmente pelo fato de ser pessoa, de existir. Trata-se de um valor inalienável, que remete à dignidade da pessoa. Suas diferentes condições não a tornam menos ou mais digna, ou valiosa. Todos merecem viver em condições que reflitam essa dignidade.
O que vemos em nossa sociedade é que você vale mais se tem mais posses (mais carros, roupas, imóveis...), se sabe mais, fala melhor, faz coisas grandiosas, tem um corpo mais malhado (como se corpo fosse também uma coisa)... Você vale o que tem, ou faz, mas há pouco espaço para o ser. Quanta ansiedade surge com essa distância do ser, com essa busca de valor que não tem fim! Quanto estresse, agitação, quanta frieza!
            Muitos problemas ocorrem por se perder de vista o valor intrínseco da pessoa. Quantos já não ouviram “és terrível”, “tu não presta”, “não és capaz de nada”, “tu só faz coisa errada”, e assim o valor do ser é desconsiderado. É custoso, porém possível, romper com essas afirmativas depreciativas do ser. Há sempre inúmeras possibilidades criativas de resolução do que prejudica o desenvolvimento saudável do ser. Aprender, por exemplo, que você não é um incapaz, mas que algumas coisas faz bem e outras nem tanto, e que seu valor não depende disso, lhe permite aceitar melhor os seus limites e, ao mesmo tempo, tentar aprimorar as próprias habilidades.
            A (re)descoberta do valor próprio é fonte de alegria, de leveza, de serenidade, de brilho, de liberdade. Que este texto possa fortalecer a consciência do valor que existe em você.
            Texto publicado no jornal Cidade Leste, no mês de agosto de 2011 - www.jornalcidadeleste.com.br.

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